23 abril 2013

Um placebo ao vício

23 de Abril; dia de comprar um carro. Ou não.

Quando era criança -e isso não faz muito tempo- eu me interessava muito mais por carro do que hoje. Me interessava como fã, não como estudioso ou mecânico. Lembro-me de passar horas desenhando carros e mais carros no papel, retratando no melhor de minhas habilidades as suas proporções e partes, sem saber ao menos o que era um radiador de água. Lembro-me também de um antigo Fiat 147 ao qual meus pais me levaram até a Paraíba..

147 e a infância.

Naquela época eu pensava que carros eram similares aos cães e que estavam alí, por tanto tempo, porque gostávamos deles e vice-versa. Não passava por minha cabeça que carros eram produzidos em massa e muito menos que eles desenvolviam um papel econômico importante para o país, como símbolo de prosperidade...
E a maior idade veio, assim como a permissão para dirigir. Mas em casa não tínhamos como comprar mais outro carro, para mim, pois não tínhamos nem como trocar o nosso único e surrado Corsa MPFI (este mesmo já era de um sorteio de uma loja de departamentos!). Percebi que comprar um carro não era brincadeira. Nunca foi.
 
 
Nas próximas postagens pretendo textualizar como as operações comerciais do mercado automotivo se tornaram ações megalomaníacas, comprometendo nosso raciocínio frente ao automóvel, removendo a lógica e razão, aproximando-nos de um caso de doença, de um grande vício à que estamos presos.
Por favor, como efeito da abstinência, tenha paciência com os próximos textos.

Megalomaníacos geniais


Nenhum comentário:

Postar um comentário